BRASÍLIA - O DEM formalizou ontem, em reunião da Executiva do partido, a desfiliação do deputado Edmar Moreira (MG), que na semana passada renunciou ao cargo de segundo-vice presidente e corregedor da Câmara, depois de ser envolvido em suspeitas de sonegação fiscal e de não ter declarado ao Imposto de Renda a propriedade de um castelo no valor de R$ 25 milhões, na zona da mata mineira.
O pedido de desfiliação já havia sido encaminhado pelo próprio Edmar Moreira ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), numa tentativa de preservar o mandado, pois o deputado alegou justa causa por se considerar perseguido pelo partido.
O presidente do DEM, deputado Rodrigo Maia (RJ), disse que, por enquanto, aguardará a decisão do TSE de aceitar ou não os argumentos de justa causa de Moreira. Se o TSE der razão a Edmar Moreira e entender que ele foi perseguido, o deputado continuará com mandato e poderá se filiar a outro partido. Mas se o TSE entender que o deputado não tem justificativa, o DEM poderá reivindicar a vaga para colocar um suplente no lugar e Edmar perderá o mandato.
Sem partido, o deputado agora deve enfrentar uma investigação na corregedoria da Câmara. Ontem, o PSOL encaminhou um pedido ao corregedor ACM Neto (DEM-BA) para apurar se houve irregularidade do deputado no uso da verba indenizatória a que tem direito.
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